O sol batia em meu rosto, fazendo com que meus olhos verdes ardessem por causa da luz, e o vento quente da Califórnia fazia meus cabelos negros ricochetearem em minha bochecha.
Era fim de tarde. Em poucas horas Agosto chegaria em fim e eu não teria como voltar aos meus 15 anos. Estava aproveitando os últimos momentos sozinhas.
Sabia que passaria meu aniversário do mesmo jeito. Meus pais estavam ocupados demais produzindo a nova serie de sucesso da Fox. Como se a Fox precisasse de uma nova serie mais do que uma garota precisa dos pais no dia do aniversário de 16 anos.
Fiquei horas encarando o horizonte, vendo a escuridão engolir o sol. Eram onze e meia quando eu chequei meu celular. Quatro chamadas perdidas e duas mensagens.
Das quatro ligações, três eram de Kate, minha melhor amiga. A outra era de Adam, assim como as mensagens. Adam era meu vizinho há nove anos, desde que seus pais compraram a casa de Dona Brigs, uma senhora muito velha que se mudou para a casa da filha.
Achei estranho sua preocupação comigo já que todas as vezes que havíamos nos falado tinha sido quando minha irmã mais velha era obrigada a me levar com ela em seus passeios com os amigos.
Adam era um ano mais velho que eu e tinha uma queda por minha irmã,que era apenas alguns meses mais nova do que ele. Pelo menos era o que eu achava. Depois que minha irmã se mudou para a casa da vovó, do outro lado do país, eles meio que pararam de se falar.
Em suas mensagens ele só perguntava onde eu estava e se estava tudo bem. Coloquei o telefone de lado e esperei os minutos passarem.
11:55... Mais cinco minutos e eu terei 16 anos.
- Sabia que você estava aqui. - Eu dei um pulo e tive que me apoiar nas grades para não cair.
Olhei para trás e vi Adam parado com uma caixinha nas mãos. Ele usava um moletom cinza e seus cabelos negros estavam desgrenhados. Seus olhos escuros me encaravam aliviados e seu sorriso demostrava que estava feliz por ter me encontrado finalmente.
- Como você sabia que eu estava aqui? E por que estava me procurando? - O observei sentar-se ao meu lado deixando a caixinha rosa entre as pernas.
- Você sempre vem aqui quando quer ficar ou se sente sozinha. Sua irmã me contou isso, eu não fico te perseguindo. - Deu uma pausa e olhou para as estrelas antes de recomeçar. - E eu estava te procurando porque dentro de poucos minutos você terá 16 anos e eu não queria que você estivesse sozinha à meia noite.
- Obrigada, Adam. Isso é realmente muito legal, mas eu estou acostumada a passar datas comemorativas sozinha. - Dei uma risada sem humor.
- Eu sei disso, sei que você e a Dana sempre passaram os aniversários sozinhas... Assim como o Natal. Também sei que foi por isso que ela foi pra casa de sua avó assim que completou 16 anos. - Ele olhou para o relógio e pegou a pequena caixa a estendendo para mim. - É por isso que eu estou aqui. Você não vai passar mais um aniversário sozinha.
Abri a caixa e tirei um Cupcake de chocolate de dentro. Ele tinha uma vela com o número 16 que Adam rapidamente acendeu com um isqueiro.
- Faltam poucos segundos. Feche os olhos e faça um pedido. - Eu obedeci estendendo o bolinho a frente de meu rosto e pensando no quanto eu queria que meus pais me mandassem pelo menos uma mensagem.
O relógio de Adam apitou anunciando a meia noite no mesmo momento em que eu assoprei a vela.
Eu abaixei o bolinho e esperei tolamente que meu pedido se tornasse realidade ainda de olhos fechados.
Porém, ao invés do toque do meu meu celular, eu senti meu rosto sendo tocado levemente e lábios sendo colados aos meus. O toque só durou dois segundos, quando abri meus olhos ele já estava afastado e suas bochechas ligeiramente rosadas.
Ele havia me beijado. Adam Rigs havia realmente me beijado. Não havia sido um beijo muito grandioso, mas mesmo assim era um beijo. E o mais surpreendente: ele estava corado.
- Po-por que você fez isso? - Gaguejei reprimindo ao impulso de tocar meus lábios.
- Me desculpe, é só que... - Parou confuso me olhando. - Por que você está sorrindo?
- É que eu pensei... Eu pensava que você gostasse da Dana.
- O que? Não, nunca. Eu sempre gostei de você. Quer dizer, não sempre... Só a partir do momento em que eu parei de prestar mais atenção em Videos Games o que em garotas. Isso foi por volta dos meus quinze anos. - Ele falava muito rápido e tropeçava nas próprias palavras, o que me fez soltar um risinho divertido. - Me desculpe, eu não deveria...
- Está tudo bem, mais do que bem até. É só que nunca me passou pela cabeça que você gostasse de mim. - Uma brisa bateu em meu rosto bagunçando meu cabelo.
Ele passou os dedos por meus fios negros e os colocou cuidadosamente atrás de minha orelha.
Sem soltar a mão de meu rosto, ele se aproximou devagar, como se me desse tempo para me afastar. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios quando ele percebeu que eu não o faria.
Sua mão acariciava minha bochecha fazendo meus olhos se fecharem. Sua respiração bateu em meu rosto me fazendo entreabrir os lábios a espera do toque que chegou poucos segundos depois.
O beijo dele tinha gosto de morango com chocolate, minha sobremesa favorita e aparentemente a dele também.
Minhas mãos puxaram sua camisa, na tentativa de trazê-lo para mais perto, enquanto seus braços me puxavam pela cintura.
Seus lábios se moviam sobre os meus de forma delicada, mas ao mesmo tempo intensa.
Ele foi se afastando lentamente quando o ar se tornou escasso. Sua respiração estava tão ofegante quando a minha e eu tentava, sem sucesso, reprimir um sorriso. Ele me abraçou de lado enquanto eu comia o bolinho.
Já passava de uma hora quando ele me levou até seu carro e dirigiu até nossa rua. Parou o carro em frente a garagem dele e caminhou comigo até a minha porta.
- Muito bem, a princesa está entregue. - Ele me beijou mais uma vez e sorriu. - Boa noite, Penn.
Entrei e fui direto para o meu quarto. Era incrível, mas nunca tinha reparado que a janela de Adam era em frente a minha.
Me aproximei e o vi entrar no quarto. Deu um pequeno sorriso quando me viu e pegou um quadro branco enquanto caminhava para a janela.
"Quase me esqueci.". Apagou antes de virar novamente. "Feliz aniversário."
Peguei uma folha qualquer e escrevi um "obrigada"
Ele virou o quadro novamente: "E mais uma coisa..."
Esperei ele apagar e escrever uma nova mensagem para só então a virar para mim.
"Você aceita ser minha namorada?"
O sorriso em meu rosto aumentou no momento em que eu respondia e pensava que podia me acostumar a passar meus aniversários com alguém novamente.
Em suas mensagens ele só perguntava onde eu estava e se estava tudo bem. Coloquei o telefone de lado e esperei os minutos passarem.
11:55... Mais cinco minutos e eu terei 16 anos.
- Sabia que você estava aqui. - Eu dei um pulo e tive que me apoiar nas grades para não cair.
Olhei para trás e vi Adam parado com uma caixinha nas mãos. Ele usava um moletom cinza e seus cabelos negros estavam desgrenhados. Seus olhos escuros me encaravam aliviados e seu sorriso demostrava que estava feliz por ter me encontrado finalmente.
- Como você sabia que eu estava aqui? E por que estava me procurando? - O observei sentar-se ao meu lado deixando a caixinha rosa entre as pernas.
- Você sempre vem aqui quando quer ficar ou se sente sozinha. Sua irmã me contou isso, eu não fico te perseguindo. - Deu uma pausa e olhou para as estrelas antes de recomeçar. - E eu estava te procurando porque dentro de poucos minutos você terá 16 anos e eu não queria que você estivesse sozinha à meia noite.
- Obrigada, Adam. Isso é realmente muito legal, mas eu estou acostumada a passar datas comemorativas sozinha. - Dei uma risada sem humor.
- Eu sei disso, sei que você e a Dana sempre passaram os aniversários sozinhas... Assim como o Natal. Também sei que foi por isso que ela foi pra casa de sua avó assim que completou 16 anos. - Ele olhou para o relógio e pegou a pequena caixa a estendendo para mim. - É por isso que eu estou aqui. Você não vai passar mais um aniversário sozinha.
Abri a caixa e tirei um Cupcake de chocolate de dentro. Ele tinha uma vela com o número 16 que Adam rapidamente acendeu com um isqueiro.
- Faltam poucos segundos. Feche os olhos e faça um pedido. - Eu obedeci estendendo o bolinho a frente de meu rosto e pensando no quanto eu queria que meus pais me mandassem pelo menos uma mensagem.
O relógio de Adam apitou anunciando a meia noite no mesmo momento em que eu assoprei a vela.
Eu abaixei o bolinho e esperei tolamente que meu pedido se tornasse realidade ainda de olhos fechados.
Porém, ao invés do toque do meu meu celular, eu senti meu rosto sendo tocado levemente e lábios sendo colados aos meus. O toque só durou dois segundos, quando abri meus olhos ele já estava afastado e suas bochechas ligeiramente rosadas.
Ele havia me beijado. Adam Rigs havia realmente me beijado. Não havia sido um beijo muito grandioso, mas mesmo assim era um beijo. E o mais surpreendente: ele estava corado.
- Po-por que você fez isso? - Gaguejei reprimindo ao impulso de tocar meus lábios.
- Me desculpe, é só que... - Parou confuso me olhando. - Por que você está sorrindo?
- É que eu pensei... Eu pensava que você gostasse da Dana.
- O que? Não, nunca. Eu sempre gostei de você. Quer dizer, não sempre... Só a partir do momento em que eu parei de prestar mais atenção em Videos Games o que em garotas. Isso foi por volta dos meus quinze anos. - Ele falava muito rápido e tropeçava nas próprias palavras, o que me fez soltar um risinho divertido. - Me desculpe, eu não deveria...
- Está tudo bem, mais do que bem até. É só que nunca me passou pela cabeça que você gostasse de mim. - Uma brisa bateu em meu rosto bagunçando meu cabelo.
Ele passou os dedos por meus fios negros e os colocou cuidadosamente atrás de minha orelha.
Sem soltar a mão de meu rosto, ele se aproximou devagar, como se me desse tempo para me afastar. Um pequeno sorriso se formou em seus lábios quando ele percebeu que eu não o faria.
Sua mão acariciava minha bochecha fazendo meus olhos se fecharem. Sua respiração bateu em meu rosto me fazendo entreabrir os lábios a espera do toque que chegou poucos segundos depois.
O beijo dele tinha gosto de morango com chocolate, minha sobremesa favorita e aparentemente a dele também.
Minhas mãos puxaram sua camisa, na tentativa de trazê-lo para mais perto, enquanto seus braços me puxavam pela cintura.
Seus lábios se moviam sobre os meus de forma delicada, mas ao mesmo tempo intensa.
Ele foi se afastando lentamente quando o ar se tornou escasso. Sua respiração estava tão ofegante quando a minha e eu tentava, sem sucesso, reprimir um sorriso. Ele me abraçou de lado enquanto eu comia o bolinho.
Já passava de uma hora quando ele me levou até seu carro e dirigiu até nossa rua. Parou o carro em frente a garagem dele e caminhou comigo até a minha porta.
- Muito bem, a princesa está entregue. - Ele me beijou mais uma vez e sorriu. - Boa noite, Penn.
Entrei e fui direto para o meu quarto. Era incrível, mas nunca tinha reparado que a janela de Adam era em frente a minha.
Me aproximei e o vi entrar no quarto. Deu um pequeno sorriso quando me viu e pegou um quadro branco enquanto caminhava para a janela.
"Quase me esqueci.". Apagou antes de virar novamente. "Feliz aniversário."
Peguei uma folha qualquer e escrevi um "obrigada"
Ele virou o quadro novamente: "E mais uma coisa..."
Esperei ele apagar e escrever uma nova mensagem para só então a virar para mim.
"Você aceita ser minha namorada?"
O sorriso em meu rosto aumentou no momento em que eu respondia e pensava que podia me acostumar a passar meus aniversários com alguém novamente.
Safira Boscarino
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